terça-feira, 20 de dezembro de 2011
domingo, 18 de dezembro de 2011
Mestre João Pequeno
Mestre João Pequeno - BIOGRAFRIA
João Pereira dos Santos, aluno de mestre Gilvenson e depois discípulo de mestre Pastinha, de quem se tornou continuador. Integrou em 1966 a delegação brasileira no Premier Festival des Arts Nègres, em Dakar (Senegal).Hoje, ainda mantém Academia de capoeira, no Forte Santo Antônio (centro histórico de Salvador). Em 1970, mestre Pastinha assim se manifestou sobre ele e seu companheiro João Grande: "Eles serão os grandes capoeiras do futuro e para isso trabalhei e lutei com eles e por eles. Serão mestres mesmo, não professores de improviso, como existem por aí e que só servem para destruir nossa tradição que é tão bela. A esses rapazes ensinei tudo o que sei, até mesmo o pulo do gato".
Em 27 de dezembro 1917 nasceu em Araci no interior da Bahia João Pereira do Santos, filho de Maria Clemença de Jesus, ceramista e descendente de índio e de Maximiliano Pereira dos Santos cuja profissão era vaqueiro na Fazenda Vargem do Canto na Região de Queimadas. Aos quinze anos (em 1933) fugiu da seca a pé, indo até Alagoinhas seguindo depois para Mata de São João onde permaneceu dez anos e trabalhou na plantação de cana de açúcar como chamador de boi, então conheceu Juvêncio na Fazenda são Pedro, que era ferreiro e capoeirista, foi aí que conheceu a capoeira.
Aos 25 anos, mudou-se para Salvador, onde trabalhou como condutor (cobrador) de bondes e na construção civil
como servente de pedreiro, pedreiro, chegando a ser mestre de obras. Foi na construção civil que conheceu Cândido que lhe apresentou o mestre Barbosa que era um carregador do largo dois de julho, Barbosa dava os treinos, juntava um grupo de amigos e nos finais de semana ia nas rodas de Cobrinha Verde no Chame-chame.
Inscreveu-se no Centro Esportivo de capoeira angola, que era uma congregação de capoeiristas coordenada pelo mestrePastinha.
Desde então, João Pereira passou a acompanhar o mestre Pastinha que logo ofereceu-lhe o cargo de treinel, isso foi por media de 1945, algum tempo depois João Pereira tornou-se então João Pequeno.
No final da década de sessenta quando Pastinha não podia mais ensinar passou a capoeira para João pequeno dizendo: “João, você toma conta disto, porque eu vou morrer mas morro somente o corpo, e em
espírito eu vivo, enquanto houver capoeira o meu nome não desaparecerá”.
Na academia do mestre Pastinha, João Pequeno ensinou capoeira a todos os outros grandes capoeiristas que dali se originaram e mais tarde tornaram-se grandes Mestres, entre eles João Grande, que tornou-se seu Grande parceiro de jogo, Morais e Curió.
Foi aconselhado pelo mestre Pastinha a trabalhar menos e dedicar-se mais a capoeira. Embora pensasse que não passaria dos 50 anos percebeu que viveria bem mais ao completar tal idade.
Tendo que enfrentar a dureza da cidade grande João Pequeno também foi feirante, e carvoeiro chegou a ser conhecido como João do carvão, residiu no Garcia, e num barraco próximo ao Dique do Tororó.
Sua primeira esposa faleceu, mas, um tempo depois conheceu Dona Mãezinha no Pelourinho, nos tempos de ouro da academia de seu Pastinha, constituíram família, e com muito esforço construíram uma casa em fazenda Coutos,
Lá no subúrbio, bem longe do Centro onde foram morar e receber visitas de capoeiristas de várias partes do mundo.
Para João Pequeno o capoeirista deve ser uma pessoa educada “uma boa arvore para dar bons frutos”. Para quem a capoeira é muito boa não só para o corpo que se mantém flexível e jovem, mas também para desenvolver a mente e até mesmo servir como terapia, alem de ser usada de várias formas, trabalhada como a terra, pode-se até tirar o alimento dela.
João Pequeno vê a capoeira como um processo de desenvolvimento do indivíduo, uma luta criada pelo fraco para enfrentar o forte, mas também uma dança, cuja qual ninguém deve machucar o par com quem dança, defende a idéia que o bom capoeirista sabe parar o pé para não machucar o adversário.
Algum tempo após a morte do mestre Pastinha, em 1981, o mestre João Pequeno reabre o Centro Esportivo de capoeira angola ( CECA ) no Forte Santo Antônio Alem do Carmo(1982), onde constitui a nova base de resistência, onde a capoeira angola despontaria-se para o mundo, embora encontrando várias dificuldades para manutenção de sua academia, conseguiu formar alguns mestres e um vasto numero de discípulos.
Na década de noventa houve várias tentativas por parte do governo do estado em desocupar o forte Santo Antônio para fins de reforma e modificação do uso do forte, paradoxalmente em um período também em que foi amplamente homenageado recebendo o titulo de cidadão da cidade de Salvador pela câmara municipal de vereadores, Doutor Honoris Causa pela universidade de Uberlândia, e Comendador de Cultura da República pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
”É uma doce pessoa” é o que afirmam todos que tem a oportunidade de conhecer o mestre João Pequeno, cuja simplicidade, a espontaneidade e o carisma seduz a todos que vão até o Forte Santo Antonio conferir suas rodas, é um bricalhão, mas que também não deixa de dar uma baquetada nos que se exaltam e esquecem dos fundamentos da brincadeira e da dança.
Fonte: www.revistacapoeira.com.br
sábado, 17 de dezembro de 2011
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
HISTÓRIA DO MESTRE SUASSUNA
Mestre Suassuna
Contra Mestre Boca Rica
Contra Mestre Boca Rica
“Eu venho de longe, venho de Itabuna...
...Jogo capoeira, meu nome é Suassuna...” Mestre Suassuna
Reinaldo Ramos Suassuna,o Mestre Suassuna,
é um dos mais conhecidos e talentosos nomes da história da capoeira |
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Começou seu aprendizado ainda garoto em sua cidade natal, Itabuna-BA, por conta de um problema muscular em suas pernas que o obrigava a praticar algum esporte.
Nesta época, freqüentava as rodas de rua, onde estavam presentes grandes capoeiristas da região, como os Mestres Sururú, Bigode de Arame e Maneca Brandão.
Para buscar mais conhecimento, viajava esporadicamente para Salvador, onde freqüentou os mais famosos terreiros de capoeira da Bahia.
Os mestres Bimba, Canjiquinha, Pastinha, Waldemar, Caiçara e alguns outros, tornaram-se a referência para desenvolver seu trabalho, sendo os dois primeiros com maior destaque e que viriam a diplomá-lo no futuro, reconhecendo seu trabalho como Mestre.
Em 1965, Mestre Suassuna veio para São Paulo e em 1967 criou o grupo Cordão de Ouro juntamente com Mestre Brasília na Vila Mariana, seguindo a mesma linha da ACRESI (Academia Regional de Itabúna) que viria se tornar ACRESP.
Está no hall dos grandes nomes que trabalham em prol da capoeira e dos capoeiristas.
"IÊ!!! VIVA MEU MESTRE!!!"
Está no hall dos grandes nomes que trabalham em prol da capoeira e dos capoeiristas.
"IÊ!!! VIVA MEU MESTRE!!!"
(MESTRE SUASSUNA E ALUNOS - 1983)
domingo, 11 de dezembro de 2011
ACADEMIAS CREDENCIADAS - CORDÃO DE OURO
SOROCABA
Mestre LucasFone: (15) 3232-8970
lucascdo@yahoo.com.br
Rua: Padre Luis
lucascdo@yahoo.com.br
Rua: Padre Luis
ITAPETININGA
Contra Mestre Gordo
Rua: Frederico Lisboa
Itapetininga
Fone: (15) 3307-3220
Rua: Frederico Lisboa
Itapetininga
Fone: (15) 3307-3220
PILAR DO SUL
Contra Mestre Paulo / Instrutores Zezinho / Manú / Sueli
R: Coronel Moraes Cunha
Centro de Pilar do Sul
R: Coronel Moraes Cunha
Centro de Pilar do Sul
ANGATUBA
Instrutor Orlando
Espaço Cultulral
Centro de Angatuba
Fone: (15) 9798-7716
Espaço Cultulral
Centro de Angatuba
Fone: (15) 9798-7716
SÃO MIGUEL ARCANJO
Instrutor Carijó
São Miguel Arcanjo
Fone: (15) 9746-3632
São Miguel Arcanjo
Fone: (15) 9746-3632
Curiosidades ...
Setembro de 1968
A festa da Capoeira |
A pequena sala da academia Cordão de Ouro, dos mestres baianos Brasília e Suassuna,
ficou repleta durante a comemoração do 1º aniversário da escola. Enquanto os alunos, ao som dos berimbaus, mostravam o que já aprenderam, mestre Suassuna atende os convidados, contando velhas histórias sobre os mais famosos capoeiristas da Bahia. |
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No Rio e em Recife a capoeira
é o jogo de rua. Mas hoje a capoeira luta com adversários, exercitando-se amigavelmente, ao som de cantigas onde o berimbau dá o toque e o pandeiro e o atabaque acompanham. |
Maio de 1971
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Junho de 1974 Capoeira no teatro não é apenas folclore |
Mestre Suassuna, além de mestre de capoeira é pesquisador apaixonado pelas raízes afro brasileiras. Primo do teatrólogo Ariano Suassuna, incorporou a capoeira ao teatro, não apenas para ser apresentada como manifestação folclórica, mas como exercício
de dança e expressão corporal. |
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1º Festival de Capoeira do Estado de São Paulo
A Associação de Capoeira Cordão de Ouro conta com a participação de inúmeras academias da capital e do interior, o festival acontece no Ginásio Municipal de Esportes de Santo André. As inscrições servem para seleção do 1º Campeonato Brasileiro de 1975. |
Novembro 1974
Mestre Caio e Mestre Tarzan, a queda de quatro exige muita destreza |
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Abril de 1975
Mestres Suassuna, Pinatti e Paulo Gomes na redação da A Gazeta Esportiva | Regulamentação da Capoeira O 2º Seminário Nacional de Capoeira foi organizado pela Confederação Brasileira de Pugilismo, possuidora de um setor destinado ao esporte afro-brasileiro e que apoiou a aspiração dos responsáveis por essa modalidade, em ter sua própria confederação e respectivas federações estaduais. Encontro baiano realiza torneio laboratório de capoeira a fim de organizar as futuras competições dessa modalidade. A união de mestres paulistas busca a moralização local do esporte; através do registro regulamentado das academias, diplomas dos mestres e aprovação dos métodos de ensino adotados visam à proteção dos valores da capoeira. |
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Mestre Suassuna gravou um disco com
vendagem de 10 mil cópias, fez conferências em colégios e faculdades em São Paulo. | Maio de 1975 Respeitado nacionalmente |
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Setembro de 1976
| Com 38 anos tem 9.872 alunos que o ajudam a difundir a capoeira pelo Brasil. |
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Festival de Capoeira de Estado de São Paulo
Pacaembu tem um domingo de capoeira. Durante o festival, as demonstrações da capoeira angola e regional. Festival patrocinado pela secretaria de cultura, com a colaboração da secretária municipalde esportes. Contou com a participação de 40 academias da capital e do interior. |
Setembro de 1978
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Dezembro de 1978
Inauguração de sede nova e organização de filial no Chile |
A Associação de Capoeira Cordão de Ouro comemorou nesta data, a inauguração de sua sede nova, na Avenida Duque de Caxias, 94.
Presentes estiveram a Associação de Capoeira Beira-Mar, de Campinas; Besouro de Magangá; Grupo da FAB de São José dos Campos; Oxumaré de Ribeirão Preto e Associação de Capoeira Jundiaiense. |
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Mestre Suassuna recebe diploma de Mestre Bimba |
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Maio de 1979
II Campeonato Interno de Capoeira |
A Associação de Capoeira Cordão de Ouro, comandada pelo Mestre Suassuna, promove um campeonato interno com participação de 60 capoeiristas de Sorocaba, Tremembé e São Paulo. Neste campeonato é colocado em pratica um novo regulamento interno, definido como O CHÃO É O LIMITE, baseado em golpes desequilibrantes. Outro objetivo do campeonato é unir as filiais da associação para um encontro de confraternização. Além disso, as competições servirão para que os alunos passem de um estágio para outro, por troca de cordões. Promovidos pelo comportamento durante as disputas avaliadas por um juiz de roda e dois jurados. São proibidas ações como agarrar, golpes baixos, cabeçadas no rosto, dedo nos olhos, socos e golpear o adversário quando estiver no chão e sem guarda.
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Mestres Brasília, Suassuna e Risadinha promovem curso gratuito de capoeira.
| Janeiro de 1981 |
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Janeiro de 1981
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Reinaldo Suassuna prepara sua equipe
para mostrar aos israelenses a única luta autenticamente brasileira. |
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O centro cultural São Paulo apresenta uma exposição do pintor Lisar, especializado em capoeira. Na inauguração da mostra de seus quadros a Associação Capoeira Cordão de Ouro fez uma apresentação com seus integrantes com a presença do Mestre Suassuna, que imprimiu em um quadro preparado por Lisar as impressões do movimento da capoeira. Com este gesto Lisar quis mostrar ao público a integração Capoeira – Arte que ele reproduz em seus quadros. |
Setembro de 1983
A performance de Lisar atraiu inúmeras pessoas integração capoeira – arte |
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1987
Batismo no Paraná |
A capoeira também se
destina à categoria feminina. |
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Abril de 1987 O grupo Cordão de Ouro apresenta o espetáculo Dança dos Quilombos, no Perdidos da Noite, apresentado pelo irreverente Fausto Silva. |
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Capoeiristas se apresentam em Curitiba,
no ginásio do Círculo Militar do Paraná. |
Novembro de 1989
Mestres João Grande, Paulo dos Anjos, Lucas, Burguês, João Pequeno, Itapuan e Suassuna |
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1990
| Mestres Onça Negra, Suassuna e esposa de Mestre Bimba, Dona Nair. |
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O Grupo Cordão de Ouro de Fortaleza realizou
seu 5º Batizado de Capoeira, Mestre Suassuna batizou o professor Espirro Mirim com seu primeiro cordão de mestre. |
Outubro 1991
Mestre Suassuna comanda graduação de Espirro Mirim |
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Janeiro de 1995 |
Mestre Suassuna, no ataque:
agilidade aos 58 anos, com a prática constante da capoeira |
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Apresentação Programa Silvio Santos
sábado, 10 de dezembro de 2011
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
A ética de Pastinha
Segue original dos procederes éticos de Pastinha – da forma como eles os deixou escritos.
“Os mestre não pode ensinar com discortez nem de modo àgressivo, não . devemos procurar ficar isolados por que nada podemos fazer sem amôr ao esporte. O egoismo, a agressividade, a deslealdade, o orgulho, a vaidade, os interesses mercenários, levam ao isolamento – reverso da esportividade.”
“O bom capoeirista nunca se exalta procura sempre estar calmo para poder reflitir com percisão e acerto; não discute com seus camaradas ou alunos, não touma o jogo sem ser sua vez; para não aborrecer os companheiros e dai surgir uma rixa; ensinar aos seus alunos -sem procurar fazer exibição de modo agresivo nem apresentar-se de modo discortez…”
“A calma é indispensável à reflexão, à correção dos movimentos, à adaptação do jogo entre os pares, tornando o espetáculo mais belo e seguro. Todo capoeirista deve ser cortês, evitando aborrecer ou irritar seus companheiros, enquanto mantém sua própria tranqüilidade!”
“…sem amôr a nossa causa que é a causa da moralisação e aperfeicoamento desta luta tão bela quanto util: à nossa educação fisica; …”
“… não devemos procurar ficar isolado, porque nada podemos fazer; é muito certo o trocado popular que diz: a união faz a força:…”
“Só o respeito mútuo, a observação dos princípios básicos esportivos (lealdade, humildade e obediência as regras) e a conservação da camaradagem permitem a união indispenável ao progresso da capoeira!”
“…o nosso ideal de uma capoeira perfeita escoimada de erros, duma raça forte e sadia que num futuro proximo daremos ao nosso amado Brasil.”
“A prevenção dos erros por uma conduta educada, respeitosa, gentil, levará ao aprimoramento do nosso povo.”
Mestre Pastinha deixou traçado nos seus manuscritos o roteiro do código de conduta (ética) dos capoeiristas de todas as categoria (mestres, alunos e graduados). As grandes preocupações do Venerando Mestre sempre foram o futuro da capoeira e os capoeiristas do futuro. Talvez antevendo a transformação da capoeira-jogo num desporto pugilístico, em detrimento dos seus aspectos educacionais e lúdicos. O abandono do ritmo ijexá, majestoso, solene, gerador de movimentos elegantes e pacíficos, pelos toques rápidos e de caráter belicoso, é a base sobre a qual vem se desenvolvendo uma capoeira, mais preocupada em “soltar os golpes” que em se esquivar do movimentos de potencial agressivo, característica predominante entre os capoeiristas do passado aparentemente invisíveis e intangíveis como o vento (daí a lenda do desaparecimento sob forma de besouro, bananeira ou de simplesmente deixarem de ser vistos nos momentos de perigo) . A influência da violência cada vez maior da sociedade moderna vem desviando a atenção dos verdadeiros fundamentos da capoeira, tornando-a em mais um fator de violência, sob o falso manto de defesa pessoal e de arte marcial, mero pugilato executado sob um fundo musica de caráter belicoso. Mister se faz o retorno às origens, diria Frede Abreu, lembrando as palavras singelas do nosso Mestre, no seu dialeto afro-baiano, um verdadeiro código de ética. Seus conselho, guardados e obedecidos, certamente tornariam desnecessária uma regulamentação ou codificação extensa e prolixa.
Extraido da Obra: “A Herança de Pastinha”, de A.A. Decânio Filho – Mestre Decanio
Mestre Pastinha deixou traçado nos seus manuscritos o roteiro do código de conduta (ética) dos capoeiristas de todas as categoria (mestres, alunos e graduados). As grandes preocupações do Venerando Mestre sempre foram o futuro da capoeira e os capoeiristas do futuro. Talvez antevendo a transformação da capoeira-jogo num desporto pugilístico, em detrimento dos seus aspectos educacionais e lúdicos. O abandono do ritmo ijexá, majestoso, solene, gerador de movimentos elegantes e pacíficos, pelos toques rápidos e de caráter belicoso, é a base sobre a qual vem se desenvolvendo uma capoeira, mais preocupada em “soltar os golpes” que em se esquivar do movimentos de potencial agressivo, característica predominante entre os capoeiristas do passado aparentemente invisíveis e intangíveis como o vento (daí a lenda do desaparecimento sob forma de besouro, bananeira ou de simplesmente deixarem de ser vistos nos momentos de perigo) . A influência da violência cada vez maior da sociedade moderna vem desviando a atenção dos verdadeiros fundamentos da capoeira, tornando-a em mais um fator de violência, sob o falso manto de defesa pessoal e de arte marcial, mero pugilato executado sob um fundo musica de caráter belicoso. Mister se faz o retorno às origens, diria Frede Abreu, lembrando as palavras singelas do nosso Mestre, no seu dialeto afro-baiano, um verdadeiro código de ética. Seus conselho, guardados e obedecidos, certamente tornariam desnecessária uma regulamentação ou codificação extensa e prolixa.
Extraido da Obra: “A Herança de Pastinha”, de A.A. Decânio Filho – Mestre Decanio
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
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